URTICACEAE

Pilea hydra P.Brack

Como citar:

Tainan Messina; Eduardo Fernandez. 2012. Pilea hydra (URTICACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

DD

EOO:

NaN Km2

AOO:

NaN Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Ocorre no estado de Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Romaniuc Neto; Gaglioti, 2012); entre 700-1100m de altitude (Brack, 1987).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Tainan Messina
Revisor: Eduardo Fernandez
Categoria: DD
Justificativa:

Espécie não endêmica do Brasil. Ocorre em altas altitudes e não há estudos mais detalhados. Possui raros representantes em coleções.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em Napaea 3: 1-4. 1987. Aproxima-se de Pilea ulei Killip pelo hábito, ápice das folhas e aspecto das inflorescências, porém a base da folha de P. hydra é mais alargada ou cordada que em P. ulei, os dentes da lâmina são mais pronunciados e em maior número, os pecíolos são mais longos e as flores masculinas têm as tépalas longamente cuculadas (Brack, 1987).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Ocorre em floresta ombrófila mista, floresta estacional semidecidual e formações campestres (Romaniuc Neto; Gaglioti, 2009).
Habitats: 1 Forest, 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane
Detalhes: Caracteriza-se por ervas, monóicas, raramente dióicas, de 25-40cm de altura, com inflorescências unissexuais; floresce entre Dezembro e Março, frutifica de Fevereiro a Abril (Brack, P., 1987).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
AMata Atlântica já perdeu mais de 93% de sua área (Myers et al., 2000) e menos de 100.000 km² de vegetação remanesce.Algumas áreas de endemismo, como Pernambuco, agora possuem menos de 5% de suafloresta original (Galindo-Leal & Câmara, 2003). Dez porcento da coberturaflorestal remanescente foi perdida entre 1989 e 2000 apenas, apesar deinvestimentos consideráveis em vigilância e proteção (A. Amarante, dados nãopublicados). Antes cobrindo áreas enormes, as florestas remanescentes foramreduzidas a vários arquipélagos de fragmentos florestais muito pequenos, bastanteseparados entre si (Gascon et al., 2000). As matas do nordeste já estavam emgrande parte devastadas (criação de gado e exploração de madeira mandada para aEuropa) no século XVI (Coimbra-Filho & Câmara, 1996). Dean (1996)identificou as causas imediatas da perda de habitat: a sobrexplotação dos recursosflorestais por populações humanas (madeira, frutos, lenha, caça) e a exploraçãoda terra para uso humano (pastos, agricultura e silvicultura). Subsídios dogoverno brasileiro aceleraram a expansão da agricultura e estimularam asuperprodução agrícola (açúcar, café e soja; Galindo-Leal et al., 2003; Young,2003). A derrubada de florestas foi especialmente severa nas últimas trêsdécadas; 11.650km2 de florestas foram perdidos nos últimos 15 anos (284 km² pordia; Fundação SOS Mata Atlântica & INPE, 2001; Hirota, 2003). Em adição àincessante perda de hábitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadaspela extração de lenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas eprodutos vegetais e invasão por espécies exóticas (Galetti & Fernandez,1998; Tabarelli et al., 2004) (Tabarelli, M. et al., 2005).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level
Espécie considerada Criticamente Ameaçada (CR) pela Lista vermelha da flora do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002).
Ação Situação
1.2.1.2 National level
Aespécie consta no anexo II da Instrução Normativa nº 6, de 23 de Setembro de2008 (MMA, 2008) sendo considerada uma espécie com Dados Deficientes (DD) paraa avaliação de risco de extinção.